Iniciamos parabenizando o governador Silval Barbosa por ter criado a Secretaria Extraordinária de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes e ter nomeado Francisco Vuolo para dirigir a pasta, ao mesmo tempo, lamentamos o fato da secretaria não ter sido criada antes, uma visão que o ex-governador Blairo Maggi não teve. Acreditamos na capacidade de Vuolo, que não está medindo esforços, para agilizar a estrutura aeroportuária. Apesar do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado à Presidência da República, ter divulgado uma nota apontando que as obras não ficarão prontas para atender a Copa, Vuolo contestou e já avisou que a situação do nosso aeroporto é bem diferente dos demais.
Ele adiantou que o governo vai licitar a obra e que já existe um convênio assinado com a Infraero. Nos enviaram e-mails recentemente, dizendo que eu seria um possível "vidente", pois alertamos no ano de 2008 sobre a situação do aeroporto. Nesses dois anos, nada aconteceu em relação às obras, nenhum tijolinho foi assentado. Nem mesmo o Módulo Operacional Provisório (MOP) foi para frente, a licitação ainda será lançada. O fato é que o aeroporto que se diz internacional (no nome), atende apenas carga. Lembramos que a população perdeu e continua perdendo muito com isso. Já perdemos voos internacionais, que foram levados para Campo Grande. No ano passado, muitos passageiros que embarcaram para a Argentina tiveram que desembarcar antes em Guarulhos, Curitiba e Campo Grande, para os procedimentos de internacionalização do voo, além de transtornos, foram contabilizados prejuízos. Este ano a operadora não quis arriscar, e perdemos para MS.
Geograficamente, Cuiabá está no centro da América do Sul, queira ou não, é um polo, mas sem estrutura para distribuição de voos. Temos a saída para o Pacífico, que parece não ser reconhecida. O que poderia ser nosso, foi levado para Campo Grande, que continua atraindo as companhias aéreas. A Infraero levou quase uma década para fazer um terço da obra do aeroporto, que nunca ficou pronto. Pergunto então:como acreditar agora que a obra vai ficar pronta em 2013? De tudo que vimos e vivemos, temos que ser ainda positivista, mas sempre falamos que existiam duas alternativas para viabilizar este "sonho"; a privatização ou uma MP da presidente, enfim está saindo a MP, para agilizar "obras públicas". Quiçá, agora o teremos para maio ou junho de 2014. Ufa!!! Vamos continuar fazendo "figuinhas" para que todos os santos nos ajudem. O setor de turismo torce para que Vuolo e Cia deem conta do recado.
Em busca de uma segunda alternativa, se pensa no aeroporto de Rondonópolis, com uma saída para esta situação emblemática. A cidade passa a contar com voos de jato, um motivo de orgulho para a população. Parabéns ao Infraero com sua nova diretoria e novo superintendente que já "antenaram" para um aeroporto alternativo quando nosso Marechal Rondon se encontra inoperante, facilitando a vida dos mato-grossenses que muitas vezes tiveram que ir parar em outros estados... Rondonópolis pelo menos ficará um "pulinho" com a tão esperada duplicação da rodovia 163.
Oiran Gutierrez é presidente do Sindicato das Empresas de Turismo (Sindetur), diretor da Federação nacional de Turismo (Fenactur) e membro da Confederação Nacional de Turismo. E-mail: oirangutierrez@hotmail.com
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